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A gravidez é frequentemente um momento emocionante para as pessoas. No entanto, ainda pode ser comum uma mulher grávida sofrer de depressão.
Os sintomas de depressão durante a gravidez incluem desde mudanças no apetite até ansiedade exagerada, que pode muito bem se misturar com o sentimento de expectativa que uma gravidez e a chegada de uma criança gera. Para mães de primeira viagem pode ainda ser mais complicado.
A gravidez virou uma espécie de momento mágico, em que parece que a mulher é obrigada a viver em um mundo de sonhos, músicas de ninar e cores em tons pasteis, apenas esperando a hora do parto. Enquanto que na maioria dos casos, as mulheres precisam enfrentar as angústias comuns da gestação, os palpites da família, a hostilidade no ambiente de trabalho onde, em alguns casos, chefes e colegas passam a enxergar a mulher grávida como incapaz e cheia de privilégios. Mulheres que enfrentam problemas financeiros e dificuldades no pré-natal, que passam por momentos de afastamento dos parceiros parcialmente ou totalmente. Isso sem falar nas mudanças do corpo, que geralmente causam mais ansiedade ainda.
“A gestação é um período que envolve grandes mudanças biopsicossociais, ou seja, há transformações não só no organismo da mulher mas também no seu bem-estar, o que altera seu psiquismo e o seu papel sociofamiliar. A intensidade das alterações psicológicas dependerá de fatores familiares, conjugais, sociais, culturais e da personalidade da gestante” (Klein; Guedes, 2008, p. 863). Trata-se de um momento de formação de uma nova identidade, de reorganização psíquica, onde a mulher reflete sobre a sua própria história de filha para se tornar mãe.
Grávidas que se sentem sem esperança, com tristeza persistente e até com pensamentos de morte, além de terem que conviver com isso, poderá estar presente o sentimento de culpa por estarem sentido o contrário de tudo que a sociedade espera que elas sintam nesse momento.
Um outro problema muito comum no diagnóstico da depressão em gestantes é o fato de que alguns sintomas se confundem facilmente com os sintomas hormonais da gravidez. Estamos falando dos problemas de sono (dormir demais ou ter insônia), da falta de concentração, e até mesmo da troca de hábitos alimentares.
O tratamento da depressão durante a gravidez deve ser feito em conjunto com médicos e psicólogo(a) e pode ter a psicoterapia como grande aliada, tanto individual quanto em grupo. Além disso, é importante contar com o apoio da família e das amizades nesse momento, que sem julgamentos, deve entender e auxiliar a futura mamãe, assim como participar sempre que for possível ou solicitado do seu acompanhamento.
Os riscos de depressão podem continuar após a chegada do bebê. A depressão pós-parto é uma preocupação séria para as novas mães. Por este motivo o reconhecimento dos sintomas pode ajudar a identificar o problema e procurar ajuda antes que ele se torne avassalador.