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Problemas com autoestima. É muito comum conhecer alguém que já tenha passado por isso. É mais comum ainda que esse alguém seja você mesma(o). Saúde e bem-estar são pontos que tocam a vida de cada pessoa de forma diferente, e é normal que seja assim também com a autoestima. A autocrítica é um elemento importante da nossa vida, quando ela está a favor de nos desenvolver como pessoas, ela nos ajuda a refletir sobre nós, nossas ações e decisões. A reflexão crítica, sem julgamento de valor – negativo/ positivo, certo/ errado – nos ajuda no processo de crescimento e desenvolvimento pessoal. Por outro lado, quando a autocrítica é sempre negativa, se tornando um padrão em sua vida que avalia praticamente tudo que você faz, sente ou diz, ela pode sabotar você e a sua autoestima.
Ser seu pior crítico é algo que pode te desfavorecer em diversas áreas da vida. As pessoas ficariam surpresas ao saber que outras pessoas consideradas felizes ou bem sucedidas também enfrentam problemas de autoestima e lutam para combater uma conversa interna negativa que nunca cessa.
Essa voz interna negativa que está sempre criticando pode, muitas vezes, cobrar um preço alto, quando não controlada. Reagir a este crítico interior é muito importante para sua saúde mental.
Você é o filtro
Você não é aquilo que pensa. Você não é o que os outros pensam de você. Você é uma combinação de multiplicidades e possibilidades, você apenas é. Ao identificar que pensamentos não definem personalidades, pode ficar mais fácil estabelecer um filtro para o que realmente importa em sua vida.
Pensamentos negativos e autodestrutivos são normais. Todo ser humano vai experimentar em algum momento da sua vida. Porém, não podem ser limitadores, tampouco definidores. Você sabe identificar quando essa voz crítica começa a falar, o problema está na rapidez com que assimilamos essas mensagem e ficamos inertes, atribuindo um peso maior a tudo que nos coloca para baixo, e acreditando que somos assim mesmo, tão ruins, ou tão tristes, feios ou sem talento.
Portanto, seja qual for o nome que você dê a essa voz crítica, certifique-se de não se identificar com esses pensamentos ou de colocar muito peso neles. Pense em si mesma(o) como o filtro, decidindo quais pensamentos manter e quais deixar ir. Você não pode escolher seus pensamentos, mas pode trabalhar para criar uma distância saudável entre seus pensamentos e você mesmo. Quando você ouve uma afirmação autocrítica surgir em seu cérebro – que você não é bom o suficiente, inteligente o suficiente ou digno – reconheça isso.
E então, afirme que não é necessariamente verdade, fazendo perguntas inversas:
- Esse erro realmente te torna um fracasso ou te diminui?
- A explosão de outra pessoa com você foi realmente sobre sua inadequação, ou foi sobre o dia ruim dessa pessoa?
- Sua amiga ou amigo não lhe respondeu porque não gosta de você, pode ser apenas falta de tempo?
Há sempre outra perspectiva se você desacelerar o suficiente para encontrá-la. Pensamentos são apenas pensamentos, mas é fácil esquecer isso quando simplesmente os aceitamos sem questionar. É importante saber que se seus pensamentos negativos são persistentes – impactando sua qualidade de vida e funcionamento – pode ser um sinal de algo mais sério. Se você achar que esses pensamentos acompanham problemas como depressão, ansiedade, baixa motivação, fadiga, desesperança e muito mais, é sempre melhor consultar uma psicóloga ou psicólogo para ter certeza de que está recebendo o melhor suporte possível. Quando se trata de autoestima, lembre-se de que leva tempo para se construir. Mas com um pouco de prática, você descobre que sua saúde mental e bem-estar sempre valem o esforço.