Tempo de leitura: 1 minuto
Já sentiu vergonha do que os outros vão pensar de você?
De ser ridicularizado(a), diminuído(a) pelos outros?
Em várias situações da nossa vida, ficamos com medo do julgamento do outro, não é mesmo?
Mas, pensando bem, se você parar agora e pensar em você, poderá perceber que esse mesmo juízo (que tem medo do que o outro te diga) já existe dentro de ti. Você já se julga assim, antes de qualquer outro te julgar, não é mesmo? Isso faz sentido para você?
Se, eu ao julgar-me já me coloco em uma posição difícil, imagina receber ainda mais julgamento de outros? Esta é uma das explicações de porque o sentimento de vergonha pode ser tão dolorido.
O autor Yves de La Taille (2002) que estuda sobre vergonha e moral, diz mais ou menos assim: se você sentir vergonha, é que de alguma forma, você julga negativamente a si próprio. “O medo da opinião dos outros corresponde ao medo da própria opinião” (p. 90).
O que ocorre é que a vergonha fica aumentada aos olhos dos outros. E sim, a opinião do outro, de alguma forma, poderá ser importante para nós – afinal vivemos em sociedade. Mas o sentimento de vergonha vai mais a fundo. Por exemplo, se você sofreu um acidente e ficou com uma marca no rosto pode sentir vergonha de aparecer para falar em uma grande reunião em que foi convocado pela empresa que trabalha. Ao aparecer em público certamente sentirá vergonha de seu rosto, vergonha que aumenta com os olhares dos outros, no entanto só tem força porque você mesmo não se aprova, você não se acha bonito com as marcas do acidente.
A vergonha é um sentimento que está completamente conectado ao nosso “eu”, à nossa identidade, ao que sentimos e a ideia que temos de nós mesmos. Por isso ele é um sentimento tão dolorido e complexo, pois quando o sentimos relacionado a alguma coisa, isso quer dizer que tem muito de nós naquilo pelo qual nos envergonhamos.
Você já pensou sobre isso?