Tempo de leitura: 4 minutos
Você já utilizou ou utiliza a comida para acalmar o seu estado emocional? Um dia cheio de trabalho, estresse, aquela expectativa ou frustração, culpa, vergonha por algo não ter ocorrido como o esperado, ansiedade, preocupações ou problemas não resolvidos, etc.
Quantas vezes abrimos a geladeira simplesmente para pensar ou acalmar os ânimos? Ou, para preencher espaços vazios da nossa vida com a alimentação?
Geralmente, a nossa relação com a comida, a preocupação com o nosso peso e o nosso corpo esconde questões mais profundas da relação que mantemos conosco. Além da necessidade fisiológica de alimentos, energética e nutricional, historicamente, comer tem uma relação profunda com a nossa forma de ser e estar no mundo. Nos alimentamos pelas mais diversas razões: vida social, família, comunidade e identidade. O alimentar-se abrange necessidades afetivas que utilizam a comida como fonte de prazer, compensação ou punição.
O que sentimos afeta a nossa forma de comer, assim como, o que comemos afeta a forma como nos sentimos.
Atualmente, tem se falado muito sobre a diferença entre a fome física e a fome emocional. Na primeira o ato de comer está relacionado à nossa necessidade fisiológica, para repor as energias que o nosso organismo precisa para sobreviver e se manter em bom estado físico e mental. A fome física pode ser percebida através de sensações de desconforto no estômago e surge de forma gradual ao longo do dia.
Já a fome emocional, ocorre quando a pessoa se alimenta a partir de emoções, desde alegria e tristeza, ansiedade, estresse, depressão, entre outras, como uma tentativa de fugir dos sentimentos, principalmente negativos. É aquele momento em que buscamos algo para comer, que abrimos a geladeira para saciar algo em nós que não sabemos o que é.
Na fome emocional vamos ter:
– Uma vontade de comer que aparece de repente;
– Envolve a sensação de urgência: não é possível esperar e geralmente o que comemos são alimentos que gostamos muito, que tem um sabor especial para nós.
– Se no lugar de comer vamos fazer outra atividade que nos distrai como caminhar, ler, ou qualquer outra atividade, essa vontade pode desaparecer, diferente da fome fisiológica que só aumenta.
– Na fome emocional também teremos maiores dificuldades de parar de comer, mesmo já estando saciado.
– Ao final, tendemos a nos sentir culpados e frustrados por termos ingerido tantos alimentos.
O que fazer se a fome emocional estiver muito presente no seu dia a dia a ponto de trazer prejuízos a sua saúde física e mental?
Busque identificar:
– Em quais momentos do seu dia a fome emocional mais aparece: manhã, tarde ou noite?
– Quais são os principais fatores que podem estar influenciando na vontade de comer? Exemplos: cansaço excessivo, estresse, conflitos familiares ou no trabalho, dificuldades financeiras, depressão, ansiedade, etc.
-Busque identificar quais são as emoções e sentimentos presentes no momento em que sente a necessidade de comer: alegria, autocobrança, culpa, insegurança, insatisfação, raiva, tédio, tristeza, vergonha.
– Quais sentimentos ruins você poderá estar tentando aliviar?
– O que está celebrando que o alimento tem valor de recompensa? Por exemplo: pode ser ao final do dia de trabalho, ao terminar ele pode descontar na comida como se ela fosse a “recompensa” por ter passado um dia difícil. Isso acontece porque a alimentação, o ato de comer é um dos primeiros sistemas de recompensa que o ser humano conhece. Por isso buscamos na alimentação os “prazeres” que podem se tornar comum.
– Está passando por uma situação complicada, por alguma mudança, apreensiva(o) por algo?
Se essa situação de fome emocional for recorrente, não deixe de buscar ajuda profissional. O profissional nutricionista poderá ajudá-la(o) com a alimentação e o profissional da psicologia a compreender os gatilhos emocionais que despertam essa necessidade, a gerenciar as emoções e a ampliar a sua compreensão de si e do seu funcionamento psicológico na vida e que influenciam na mudança de hábitos. As emoções não são a causa do excesso de alimento, mas como gerenciamos essas emoções sim, por isso podemos aprender sobre elas e a compreender as suas funções no nosso organismo para poder mudá-las.
Link permanente
Top o artigo, pesquisando sobre esse assunto na internet
encontrei aqui alguma das informações que procurava.
Gostei obrigado!!!