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Nestes dias, aprendi um conceito que nomeia o processo de oscilar de um sentimento a outro, ou de uma emoção a outra, e que tem feito muito sentido para mim: a nossa capacidade de pendular, ou pendulação.
Segundo o autor Peter A. Levine (2012), no livro Uma Voz Sem Palavras, pendulação significa “nossa capacidade inata de restaurar sentimentos de alívio e de fluxo de vida”. A pendulação atenua a intensidade de sensações difíceis, como o medo e a dor, e nos lembra que tudo o que sentimos tem duração limitada.
Quando estamos em uma crise de ansiedade, de pânico, em meio à depressão ou ao desespero, por exemplo, é realmente difícil acreditar ou sentir que isso pode passar, devido à intensidade dos sentimentos e emoções envolvidos. No entanto, eles não são definitivos.
Nos estudos sobre trauma, a capacidade de pendular ajuda as pessoas a lidarem com seus sentimentos assustadores e difíceis. Sabendo que eles não vão durar para sempre, podemos nos restabelecer e sair da dor.
Nossa capacidade de pendular significa encontrar o ritmo do nosso corpo, de sentir e, em seguida, aliviar. Tudo o que sentimos tem duração limitada.
Quando não conseguimos fazer isso de forma espontânea e natural, podemos desenvolver essa habilidade de pendular e construir “ilhas de segurança” emocionais por meio da psicoterapia e do autoconhecimento.