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O bem-estar emocional, também conhecido como saúde emocional, é a capacidade de uma pessoa de lidar com suas emoções e as variadas experiências que encontra na vida. As vivências emocionais que experimentamos ao longo da vida nem sempre são agradáveis. Muitas vezes, essas vivências nos machucam tanto, a ponto de evitarmos a todo custo qualquer tipo de experimentação das emoções novamente. Nem sempre é fácil olhar para dentro de nós, para o que sentimos, para as feridas que carregamos, para nossas vivências emocionais.
É importante lembrar que o mesmo vale para o contrário. Vivências emocionais agradáveis e que trazem felicidade são aquelas que gostaríamos de viver outra vez. Geralmente, as emoções associadas a estes momentos nos fazem bem. É comum, muitas vezes, e em algumas pessoas, que as vivências emocionais desagradáveis ocupem mais espaço na memória. Por isso, encontramos cada vez mais pessoas que evitam olhar para si, evitam escutar suas emoções e analisar seus sentimentos.
Quando nos olhamos, podemos encontrar dores, sofrimento, raiva, solidão, abandono… mas se olhar dói, não olhar dói ainda mais, pois nos faz repetir o sofrimento, sem nos darmos conta, pode nos prender às emoções ruins por mais tempo que gostaríamos ou deveríamos ficar. As emoções podem desempenhar um papel importante na forma como você pensa e se comporta. As emoções que você sente a cada dia podem compelir você a agir e influenciar as decisões que você toma sobre sua vida, grandes e pequenas.
As emoções podem ser de curta duração, como um lampejo de aborrecimento com um colega de trabalho, ou de longa duração, como a tristeza duradoura pela perda de um relacionamento. Olhar para elas nos dá a possibilidade de cuidar destas emoções, de tratá-las para que enfim cicatrizem, nos dá a possibilidade de escolher o que fazer a partir disso, nos devolve a autonomia para nos direcionarmos na vida.
A contínua rejeição de nossos próprios sentimentos pode afetar nossa autoconfiança. Com o tempo, podemos sentir que ninguém se importa com as nossas necessidades ou desejos e que a nossa opinião ou voz não importa. Também pode nos fazer sentir mais estresse, depressão ou ansiedade. Em alguns casos, pode vir em forma de raiva ou desenvolver sentimentos de ressentimento em relação aos outros.
Muitas vezes, a tendência de esconder nossas emoções é um hábito profundamente arraigado que desenvolvemos ao longo do tempo. Requer diligência real para quebrar o ciclo e começar a nos expressar aos outros. Embora isso possa parecer desconfortável, perigoso ou difícil, não podemos desistir – a recompensa vale o esforço, o encontro com essa verdade nos liberta. Olhar para si, para as próprias feridas, reivindicar sua autonomia e poder de decisão é um ato de força e coragem. Expressar nossas emoções nem sempre acontece naturalmente. Em vez disso, é algo que requer prática e dedicação e acompanhamento psicológico. Com o tempo, podemos desenvolver o conjunto de habilidades necessárias para processar e expressar nossos sentimentos.